quinta-feira, 1 de outubro de 2015

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Projeto Filme Diacuí Kalapalo


NATIVO FILMES-PRODUÇÕES
ESTÁ COM PROJETO PARA FAZER FILME SOBRE A ÍNDIA DIACUÍ KALAPALO, A PRIMEIRA ÍNDIA DO XINGU SE CASAR COM HOMEM BRANCO,NA DÉCADA DE 50.
Diacuí Kalapalo.
Gravação de 1953.


...Falando neste abismo entre povos, por conta da cultura e a conquista do subjugado tido como bárbaro ou selvagem pelos civilizados homens brancos, me vem a memória a história da Índia Diacuí, que pertencia a tribo dos Kalapalos no Alto Xingu. O sertanista Ayres da Câmara Cunha, funcionário da Fundação Brasil Central, órgão criado para proteger os índios, resolve casar-se com Diacuí, com quem já vivia. Como havia um impedimento legal, ou seja o casamento de um "civilizado" com uma "selvagem", ele vem até ao Rio de Janeiro acompanhado de sua índia, que passa a residir num apartamento em Copacabana, uma verdadeira "selva de pedra" e sob os auspícios e poder de Assis Chateaubriand, diretor dos Diários Associados que usa de toda a sua influência para o sucesso da empreitada. Assim, conseguem "civilizar" e "cristianizar" Diacuí, que é batizada como católica em poucos dias e depois é realizada a cerimônia civil e religiosa de seu casamento na suntuosa Igreja da Candelária, onde estão presente dentro e ao seu redor, cerca de 10 mil pessoas, tudo bem documentado pela imprensa de Chateaubriand e em particular a revista "O Cruzeiro". Foi uma cerimônia de bodas, muita mais concorrida que a do Imperador Dom Pedro. Infelizmente esta ponte no abismo do choque de culturas tão diferentes não teve um final feliz. Diacuí, que quer dizer "Flor do Campo" volta para o Xingu, onde fica grávida e ao nascer a sua filha, morre de hemorragia pós parto, longe da companhia e proteção de Ayres da Cunha, que um dia antes viajara para um local distante...

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